Projeto Pólen



O projeto Pólen tem como objetivo levantar a pauta da sensibilização sobre os insetos polinizadores nativos ao público de Piraju.


Por que abelhas jataí?

De fácil transferência e de fácil enxameamento, as abelhas Jataí são nativas brasileiras, constituindo a espécie mais emblemática e mais comum no território. Naturalmente sem ferrão, elas não picam, não apresentam comportamento agressivo e não constituem risco para humanos. Além disso, polinizam flores e alimentos, contribuindo com a qualidade de vida de onde se instalam.


Por que dedicar um projeto a insetos polinizadores?

Em razão do uso crescente de agrotóxicos e do desmatamento intensificado no campo e no meio urbano, as abelhas e demais insetos polinizadores – especialmente os nativos – vêm sofrendo com a perda de pasto apícola (áreas de vegetação onde podem se alimentar) e se tornando cada vez mais raros, sendo ameaçados inclusive de extinção. A extinção dos polinizadores trará severos prejuízos ao ser humano, que verá sua produção de alimentos reduzir drasticamente. Desse modo, entendemos como fundamental realizar ações de divulgação sobre a relevância desses insetos para a sociedade e para a manutenção da biodiversidade do planeta. 

Mais do que oferecer “casinhas” para abelhas, o projeto Pólen levará a mensagem de preservação e importância delas por tempo indefinido, enquanto durarem as placas informativas e enquanto houver insetos para habitar as colmeias instaladas. Trata-se de uma iniciativa para levar informação, conhecimento e um convite para que a comunidade saia em defesa dos insetos polinizadores, tendo como estrela principal e símbolo, a abelha jataí. 


Como aconteceu o Projeto Pólen

O trabalho realizado pela Organização Ambiental Teyque'-Pe' e oferecido para a comunidade local, se iniciou com a realização de um curso sobre captura e manejo de Abelhas Sem Ferrão (ASF). Ele foi ministrado pelo Professos Silvio Kazutoshi Ienaga (Professor Universitário e criador de ASF em Ourinhos) e aconteceu na Chácara Meus Sonhos, zona Rural de Piraju. Um grupo de ambientalistas locais interessados, foram convidados pela Diretoria da ONG Teyque'-Pe. Receberam conhecimento específico do assunto e foram inseridos no universo mágico das abelhas, tornando-se assim os multiplicadores.



Início do projeto: curso sobre ASF com prof. Silvio  -
Chácara Meus Sonhos em 05/03/2022




Aprendendo sobre iscas e transferências


Ambientalistas participantes do curso sobre ASF - Naomi, Mello, Fabiano, André,  Muzille, Prof. Silvio, Cris, Thiago, Eliana, Vivi Spinola, Fábio, Pai do André....


Daí em diante iniciou-se a execução do projeto. Passado o tempo da Pandemia, foram fabricadas gaiolas adquiridos e afixados os pontaletes, confeccionadas iscas e colocadas em locais específicos para enxameamento e captura das ASF da espécie Jataí (tetrangonisca angustula). Também foi contratado serviço especializado para instalação de um jardim em cada unidade. Dentre as plantas preferidas das Jataí, foram plantadas mudas de amor agarradinho, alecrim arruda, manjericão, cosmos, mirra, guiné, além de uma muda grande de resedá branco.


O projeto sendo colocado em prática com a supervisão dos ambientalistas



Aulas sobre o Projeto Pólen
A escola escolhida para aplicação dos conhecimentos adquiridos foi a Nhonhô Braga (Estadual) e o Anexo (Municipal), abrangendo assim todas as faixas etárias desde a infância até a adolescência. Alguns aulões foram ministrados pela Ong Teyque'-Pe' quando os alunos participantes recebem das aulas temáticas sobre o projeto em andamento com uma abordagem direcionada ao manejo, cuidados das plantas preferidas das Jataí, bem como a fabricação de iscas e suas transferências, dando destaque para importância das abelhas manutenção do projeto para as gerações futuras.

Sem prejuízo das demais unidades integrantes do sistema de ensino local, aulas poderão ser estendidas a toda a rede de ensino, a depender de futuros entendimento com os organizadores.



Aulões no Colégio Nhonho sobre ASF



Modelo da Caixa expositora

O modelo INPA foi o escolhido para a exposição das abelhas Jataí. Ele foi idealizado pelo pesquisador Fernando Oliveira quando trabalhou no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O modelo de caixa foi batizado com seu próprio nome, Fernando Oliveira, porém se popularizou com o nome do Instituto. 


Ele conta com aberturas estratégicas onde o  público, com a supervisão de um de nossos "cuidadores" poderá observar através de um "visor" de acetato o desenvolvimento do ninho, conhecendo, assim, o  trabalho de cada abelha que ali mora. Cada ninho é capaz de produzir até 1 kg de mel por ano e é composto por cerca de 5000 abelhas, com alcance de vôo de até 1 quilometro. Cada abelha tem a sua função. Os zangões, as operárias e as rainhas. Dalí não se tirará mel, já que o projeto Pólen tem caráter conservacionista. O mel será o alimento das abelhas durante o período de escassez do inverno.


Caixa do Modelo INPA com visor de acetato


Outros locais de instalação

Além da Escola Estadual Nhonhô Braga, também foram instaladas:


- 1 colmeia na Praça Arruda;

- 1 colmeia na Praça São Roque, Vila Tibiriçá;

- 1 colmeia na ENEL;

- 1 colmeia no bosque do Jardim São Lourenço;

- 2 na chácara Neblina (receptivo Turístico Cachoeiras Piraju);

- 1 na Escolinha Municipal de Canoagem;

- 1 no Departamento Municipal de Meio Ambiente de Piraju.



(INSERIR FOTOS DE MAPA DOS LOCAIS)

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