Cidadania>> ‘Praça do Povo’: Quando a vontade popular faz acontecer

Texto e fotos: Naomi Oliveira Corcovia (Jornal Observador)

Há cerca de 30 anos, os moradores da Vila Tibiriçá se mobilizavam para construir uma das praças mais bonitas da cidade, a Praça Prefeito Joaquim de Almeida. Nenhum centavo dos cofres públicos foi gasto com a idealização da área, construída através do esforço, trabalho e criatividade dos habitantes da Estação.
A proposta foi idealizada pelo então secretário de Turismo de Piraju, João Reimão, em conjunto com moradores locais. “Já que eu trabalhava com turismo, as pessoas sugeriram que fizéssemos algo para embelezar a cidade”, relata.
A área destinada a ser praça tinha alguns declives, sendo chamada pelos habitantes de ‘barranco’. O local também tinha mato alto e servia de passagem para o pessoal do bairro, que com seu ir e vir, formou caminhos e trilhas pelo matagal. Através desses caminhos, o próprio João Reimão desenhou as passarelas, de modo que os percursos marcados pelos passos dos transeuntes continuassem existindo.

O projeto arquitetônico da área pública foi esboçado em conjunto com os moradores, que acompanharam cada detalhe da construção da praça durante reuniões em frente à Capela de Santo Antônio, na mesma rua do barranco que, mais tarde, viria a ser uma área de lazer.
Nelson Camargo e Joaquim Messias, habitantes da vila, doaram as mudas de árvore, que foram plantadas pelas crianças. A cena atraiu até mesmo emissoras de televisão, que vieram fazer a cobertura do evento popular. Pela primeira vez na história, Piraju teve a união de munícipes em prol de um benefício em comum.
Um dos moradores da Tibiriçá que participou ativamente da iniciativa foi Miguel Pereira. Segundo ele, a grama da praça foi um presente da prefeitura. O plantio, no entanto, ocorreu num período de estiagem, então, para evitar que a grama morresse, as pessoas se revezavam puxando mangueiras e baldes de água para hidratar o gramado, que resistiu diante de tanto cuidado.

Poluição no rio Paranapanema é caso de polícia




Sargento Romão, da Polícia Ambiental verifica a mancha




Mancha poluidora toma conta do rio em Piraju







Recentemente a população da Estância Turística de Piraju, interior de São Paulo, acordou triste. Numa bela manhã, com os raios de sol aquecendo um dos principais cartões postais da cidade, uma mancha marrom de aspecto viscoso tomou conta das águas límpidas do rio Paranapanema.

A mancha poluidora não identificada se espalhou por toda superfície da represa da UHE Paranapanema, à jusante do trecho tombado do rio, dando um aspecto desolador e "emporcalhado" para o local que é utilizado para a prática de natação, esportes naúticos, pesca amadora e esportiva, abastecimento público e lazer contemplativo.

A polícia ambiental foi chamada e tudo foi registrado em boletim de ocorrência e a população espera que as autoridades constituídas tomem as devidas providências para identificar e punir os eventuais degradadores do rio Paranapanema, um dos mais rios mais limpos e despoluídos do Estado de São Paulo. A estranha mancha poluidora foi notícia em jornais, programas de rádios e nas redes sociais da internet. A comunidade pirajuense se revoltou com a degradação da paisagem local e exige um posicionamento do prefeito Jair César Damato (PMDB) com relação ao assunto.