"A mãe das batalhas"

Caminhos e posturas para preservar o rio Paranapanema e Piraju de novas usinas hidrelétricas
Foto: Fernando Franco Amorim/Organização Ambiental Teyquê-Pê (OAT)
Legenda: Salto Piraju, Garganta do Diabo

*Rodnei Vecchia

Panema vivo: cuidaremos de você!
Transparente, encantador, generoso e liberto.
Barreiras só a quem ousar barrá-lo!

Em 2011, a Energias Complementares do Brasil Geração de Energia Elétrica S/A, ora denominada EC Brasil, empresa com sede em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, constituída em 2006 com capital social de R$ 1,45 milhão, desconhecida nacionalmente e sem nenhuma expertise na área de hidrelétricas, apresentou proposta de construção de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Piraju.

A proposta de uma nova usina hidrelétrica gerou muitos questionamentos e dúvidas na comunidade, mas há respostas convincentes para todos os questionamentos. Quem se interessar por aprofundar-se no tema, sugiro ler meu livro Energia das Águas, que possui um capítulo inteiro dedicado a esse tema.

Piraju se prepara para aquela que pode ser a mãe de todas as batalhas: permitir ou não a obra na cidade. O local pretendido encontra-se no último trecho de calha natural do rio Paranapanema, paisagem deslumbrante onde estão o Salto Piraju, quedas d’água, corredeiras e mata ciliar primária remanescente do bioma Mata Atlântica, que protege as águas e a rica biota local.

Manifesto Rio Pardo Vivo !

http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2015/06/barragem-afetara-18-mil-empregos-e-trara-dano-flora-dizem-especialistas.html

A construção de uma barragem no Rio Pardo, em Águas de Santa Bárbara (SP), trará danos à flora e fauna do local, além de prejuízos nos empregos no setor agrícola, segundo especialistas. Ambientalistas dizem que 15 hectares de mata já foram desmatados de um total de 74, previstos até o final dos trabalhos. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente disse que já encaminhou os problemas sobre a questão ao setor responsável, mas até à tarde desta segunda-feira (1º) não havia dado retorno à TV TEM.
O grupo pedirá ao governo do estado suspensão do projeto que prevê a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) com barragens no Rio Pardo. Para o presidente da organização não governamental (ONG) Rio Pardo Vivo, Luiz Carlos Cavalchuki, a construção da obra não vai compensar o impacto negativo que será causado. “A barragem extinguiu 33 propriedades, afetou 1.800 trabalhadores diretos e indiretos da agricultura e só trará três ou quatro empregos ao município”, afirma.
Flora e fauna serão prejudicas por barragem, dizem especialistas (Foto: Reprodução/TV TEM)Flora e fauna serão prejudicadas por barragem,
dizem especialistas (Foto: Reprodução/TV TEM)
Já de acordo com o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Edson Piroli, os estragos ambientais serão grandes com a obra. “Ao barrar um rio, acabamos causando uma série de impactos, que vão desde a construção, causadora de erosão, até o corte da mata ciliar”, explica o especialista.


Diante do fato, moradores lutam para impedir a construção da barragem. Em uma das ações promovidas, mais de 50 mil pessoas assinaram um abaixo-assinado pedindo a paralisação dos trabalhos. “Não fica nada para o município”, alerta o presidente da Organização Ambiental Teyquê-Pê (OAT), de Piraju (SP), Fernando Franco Amorim.
“Escolhi essa cidade para eu morar por conta da beleza. Agora estou sabendo que vai ser destruída por essa usina e eu sou contra isso”, finaliza a artesã Margarida de Luna Franco.
Barragem afetará 1,8 mil empregos e trará dano à flora, dizem especialistas (Foto: Reprodução/TV TEM)
Fonte: Adaptado do Portal G1 - Itapetininga e região