Obrigada, Piraju

Adriana Garrote
adrianagarrote@ig.com.br

Obrigada a você, caro leitor, pela persistência e paciência durante esses meses. Foram sete, com publicações semanais, 21 artigos baseados na pesquisa realizada para conclusão de meu curso de Pedagogia no ano de 2005. Agradeço a disposição e o interesse.
Minha intenção sempre foi clara, objetiva e bem específica: a luta pela preservação e conservação de nossas últimas corredeiras naturais no leito do rio Paranapanema. Pois entendo que aqui é o nosso lugar, e que é daqui que devemos cuidar, sempre!
“Puxa, como ficou grande o dessa semana, hein?”. É claro que agradeci ao leitor por ter lido até ao fim. Às vezes, é difícil quando se tem de concentrar muita informação em um espaço delimitado.
Agradeço, primeiramente, a Deus por tornar possível todo esse caminho. Agradeço ao Jornal Observador, na pessoa do diretor Paulo Sara, pelo espaço aberto, transparente. Sei que ele acredita na importância da informação clara voltada à comunidade à qual o jornal está inserido. Parabéns, Paulo, pelo bom jornalismo! Abriu suas páginas (e portas) a questões relevantes ao futuro da nossa comunidade.
“Adriana, muda de assunto só um pouco!”. Acredito que devemos preservar primeiro nosso maior bem natural, e nunca nos deixarmos enganar, jamais sermos ludibriados, tangidos a entregar nossa valiosa herança por qualquer moeda de troca. Nossa comunidade pode fazer muita coisa unida.
Sobre minha pesquisa, penso numa contribuição sobre questões importantes, e as principais informações de relevância à nossa comunidade. Procuramos ir à essência das coisas através da Fenomenologia (GILES, 1975), ciência que busca “retornar à estaca zero do problema” para encontrar evidência e fundamentação. Ou seja, ‘desconstruir’ o pensamento de que a utilização do potencial hidrelétrico do rio traz desenvolvimento e somente gera progresso à comunidade em que está inserido. E assim, o projeto desejou explicitar e desmistificar toda a questão. Elevar nossas discussões às realidades comprovadas, e também sobre a importância de exigirmos que as leis conquistadas sejam cumpridas e respeitadas, não somente pelos que vêm de fora, sedentos, mas pelos que daqui fazem o seu lugar para viver.
A ciência já comprovou, hoje está no boca a boca. Até a mídia, em nível nacional, proclama os desastres de se insistir em construção de barragens para gerar energia elétrica. Vide o Globo Repórter de dias atrás, quando abordou as perdas e os impactos irreversíveis que se abaterão sobre as comunidades da Região Amazônica onde se pretende explorar a produção de energia à custa de vários barramentos.
Em tempo: temos que voltar nossa comunidade local e escolar para os afluentes do rio Paranapanema – nossos ribeirões – e adotar medidas e soluções para que cada um se sinta, de fato, inserido onde vive.
Com orgulho, e sabendo do valor de nossas riquezas naturais preservadas e bem cuidadas, partimos para o caminho seguro do verdadeiro desenvolvimento, da autocondução e consolidação de nossa identidade.

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